terça-feira, 13 de setembro de 2011

A preparação

Primeiro que tudo: a moto! 5000km longe de casa requerem atenção especial.

Foi fazer uma revisão extra e teve direito a sapatinhos novos (cheios com ar normal), alarme instalado e instruções bem estudadas (para evitar “azares”), kit básico de ferramentas, 2 coletes reflectores, farmácia (com alguns “extras” e algum material substituído por outro de melhor qualidade/maior especificidade) e documentos em ordem (com cópias de tudo numa pen e online num email), uma nova latinha de spray para os puffss-puffss regulares que a corrente iria exigir e um kit de reparação de furos, com algumas botijinhas de gás e está pronta!!
Acho esta parte da preparação das mais importantes. É essencial para mim saber que posso contar com uma moto segura e bem mantida. 5000Km representam muitos riscos pelo caminho e uma moto a 100% reduz muitos deles.
Quanto aos passageiros, equipamento escolhido tendo em conta o local de destino. Tudo bem escolhido, que o espaço não é muito e nada de coisas que achamos que podemos vir a usar. Só vai o essencial. Só há 35 litros de espaço de carga por pessoa, uma top-case para o casaco extra, fatos de chuva e luvas mais quentes, coisas do dia-a-dia e os muito importantes souvenirs, e um saco de depósito com o cadeado de disco, mp3, lanterna e pilhas, máquina fotográfica, umas bolachinhas para ir trincando, água e documentos. Ah! E mapas! Os velhinhos e comprovados mapas da Michelin! Mesmo com GPS não dispenso. Pouca coisa e material bom. O essencial!
No que diz respeito a “gadgets”, não quis ir carregado com coisas que não iríamos utilizar. Evitei também ter de comprar (mais) equipamento deste género. Assim, levamos um telemóvel, um eeeeeeeeeePC e a máquina digital SLR. Evitei cabos repetidos e sempre que possível cabos USB para carregar. Para a orientação levei o mais fraquinho dos TomTom: o ONE V3 já com uns anos no activo. A única coisa que tive de comprar foi uma Aquabox da RAM-Mount para “impermeabilizar” o TomTom. Uma tomada USB de 12V para ligar à mota e está tudo! Pouca coisa, evitar material desnecessário e material repetido. Nada de especial!

Como cuidados na programação, para quem não vai sozinho, é importante não abusar dos km diários. As paragens para descansar e conhecer locais de interesse são muito importantes. No nosso caso, os percursos de ligação raramente ultrapassavam os 400km, o que nos permitiu viajar sempre da parte da manhã, chegar à hora de almoço ao destino do dia, ir ao Hotel deixar malas, tomar banhoca e mudar de roupa e fazer turismo, quase sempre a pé! Uma aposta ganha, este tipo de organização! E mesmo assim, houve alguns dias que foram seleccionados para serem 100% motorcycle free. Não se torna cansativo e não ficamos com a ideia que não fazemos outra coisa que não seja andar em cima da moto, mesmo havendo dias que com as “voltinhas de turismo” tenhamos chegado aos 600km. A moto, e o grau de preparação da mesma, também ajudam neste aspecto…

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